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Sangue e Luto
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Dois estalos secos quebram o silêncio da noite
Dois jovens ensanguentados caem na calçada
Negra é sua pele, curta é sua jornada
Mais duas mães choram na nossa quebrada
Estado faz carnificina
Pelas mãos da polícia
Prende, tortura e assassina
E não se faz justiça
Chamados de heróis pela mídia fascista
Que faz questão de culpar a vitima
A violência é sempre justificada
Quando é contra uma vida indesejada
A cada tiro que escuto
Me torno mais sangue e luto
A cada irmão enjaulado
Declaro guerra ao estado
Primeiro semestre de 2015, aproximadamente 10 mil pessoas já foram assassinadas pela policia militar do estado de São Paulo
A historia se repete
Os corredores de sangue do Carandiru estão por todos os lados, em toda esquina, em todo bairro.
O ventos do Pinheirinho trouxeram desgraça pra Osasco na forma dos mesmos mascarados de maio de 2006.
Mais 7 jovens irmãos foram executados por policiais encapuzados na quadra de uma torcida organizada.
Fé pública conferida pelo contrato
Que prevê a desgraça do povo explorado
Ri do pranto o soldado
O pranto da mãe do filho finado
Trabalho forçado, salário baixo, campo de concentração
A democracia capitalista que extermina seu exercito de reserva em genocídio a prestação
Fecham as escolas e aumentam a repressão
E quem reclamar acaba morto ou na prisão
Só há uma forma de mudar a realidade
é o povo na rua parando a cidade
Criar coragem e juntos dizer...
Basta!
Carregamos um novo mundo
No nosso sangue e luto
Construiremos um novo mundo
Nós somos sangue e luto!
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A Ferramenta São Paulo, Brazil
Alonzo Chaska - voz
Aline Maciel - baixo
Guilherme Haddad -guitarra
Regis Munhoz - bateria
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